O problema do abastecimento de água para a população sempre assombrou Itu. O ápice desta situação aconteceu em 2014, quando eu e toda a cidade enfrentamos quase dez meses ininterruptos de racionamento. Uma situação realmente inadmissível.
Uma das minhas promessas pessoais e de campanha, durante as eleições municipais de 2016, foi a de trazer de volta o controle da distribuição de água para a Prefeitura de Itu e assim recuperar a dignidade do cidadão.
Tive o privilégio de receber a confiança dos eleitores e, logo no primeiro mês como prefeito – em janeiro de 2017, consegui aprovar ao lado dos vereadores a criação da CIS – Companhia Ituana de Saneamento. Desde então, iniciamos um trabalho estratégico para combater os problemas hídricos de Itu. A tarefa não foi fácil e para melhor atuação, priorizamos urgências.
Para garantir segurança hídrica para Itu dividimos a cidade em duas macrorregiões: Central e Pirapitingui.
Água em Itu: Macrorregião Central
Para garantir a segurança hídrica na região mais populosa da cidade, a que chamo de Central, foi necessário investir em uma nova captação de água que não secasse como as outras represas de Itu. Por isso, investimos – finalmente, na conclusão do Sistema Mombaça – uma captação perene que garante 280 litros de água por segundo para abastecimento da população.
A região central da cidade de Itu já foi abastecida por seis represas: Itaim, Braiaiá, Gomes, São José, Varejão e Fubaleiro. No entanto, estas captações não garantiam água o ano todo para tratamento e distribuição, principalmente durante o período de estiagem.
Sendo assim, nosso primeiro desafio foi providenciar segurança hídrica para abastecimento da região central investindo em uma nova captação de água que não seca como os outros mananciais de Itu. Concluímos o Sistema Mombaça. Antes de assumir a gestão, era possível captar apenas 30 litros por segundo em um sistema precário, abandonado, sem manutenção ou energia elétrica. Após reformas estruturais e construção de cabines elétricas e novas adutoras, o cenário é outro. Atualmente, a captação garante 280 litros de água por segundo para abastecimento da população o ano todo.
A partir daí, seguimos para o segundo desafio – iniciar a manutenção e troca de redes de água jamais feitas em quase 100 anos. Não é exagero. Este tipo de obra é enterrada e não fica visível aos olhos da população. Talvez por isso que o investimento neste quesito sempre foi deixado de lado. Este trabalho incluiu a troca e construção de quase 10 quilômetros de tubulações, incluindo a rua Floriano Peixoto – o principal centro de compras da cidade. Foram mais de R$ 1 milhão investidos.
Enfrentamos também um terceiro desafio – o de aumentar nossa capacidade de reservação de água tratada. Afinal, garantimos a captação de água bruta – mas onde iríamos guardar este líquido tão precioso após o tratamento? Foi então nos comprometemos a investir R$ 3,5 milhões para inaugurar o maior reservatório da cidade, com capacidade para três milhões de litros de água tratada. Aumentamos em 50% a capacidade de reservação de água para distribuir para a região central de Itu.
E, por fim, chegamos ao quarto desafio – aumentar a capacidade de reservação das represas que não são perenes em Itu por meio de desassoreamentos. Fizemos dois. A região central foi beneficiada pelo desassoreamento do Gomes – represa que fica dentro do Condomínio Campos de Santo Antônio. Ali investimos R$ 350 mil e aumentamos a capacidade local em 30 milhões de litros. Quando eu assumi a gestão de Itu, me dispus a enfrentar todos os problemas da cidade. Aceitei este desafio e sigo trabalhando para melhorar o abastecimento da região central de Itu.
Água em Itu: Macrorregião Pirapitingui
A região do Pirapitingui é relativamente nova na comparação com a região central da cidade – mas é tão importante quanto. O crescimento local desordenado e o estabelecimento de políticas populistas e sem real compromisso com a qualidade de vida da população, resultou em um sistema de abastecimento de água precário e ineficiente. Por exemplo: enquanto a região central da cidade dispunha de seis represas para captação de água bruta, o Pirapitingui tinha apenas uma, o São Miguel. Para resolver este grande empecilho, traçamos um plano de investimento a questão do abastecimento de água e distribuição. O primeiro passo foi iniciar a reforma completa da Estação de Tratamento de Água local. De um local abandonado, sem energia própria e com estruturas comprometidas; passamos para uma ETA com energia própria e novos equipamentos após a construção da cabine elétrica e da casa de bombas. Com isso, podemos hoje operar o local com plena capacidade, após investimentos de R$ 350 mil. As obras não são fáceis de serem avistadas, afinal a ETA fica em local de restrito acesso no Pira. Talvez por isso estes investimentos não foram feitos antes. Mas minha gestão fez diferente e a ETA está lá para quem quiser visitar.
O segundo desafio na região era aumentar a oferta de água para tratarmos na ETA reformada. De forma mais imediata, fizemos pela primeira vez na história de Itu o desassoreamento do São Miguel com um investimento de R$ 45 mil. Não é concebível que a única captação de água da região não tivesse passado por este procedimento. Aumentamos a sua capacidade em 2,2 milhões de litros. E por fim, com um pouco mais de segurança, iniciamos a obra definitiva – em fase de conclusão – que vai garantir finalmente segurança hídrica para abastecimento da população do Pirapitingui: o Sistema Pirajibu. Serão 14 bairros beneficiados, 117 litros de água por segundo para distribuição e melhorias de abastecimento e pressão nas ruas mais altas o ano todo. Um marco histórico para a região.